A Renda Universal e o Desemprego como Pauta do Great Reset e suas Conspirações
A renda universal e o desemprego se mostram assuntos cada vez mais indissociáveis enquanto incertos sobre serem a intersecção perfeita entre problema e solução. O problema do financiamento poderia ser atenuável para os países mais pobres somente se caso seja possível baratearem alimentos, mas a inflação global e os futuro incerto nos conflitos atuais, com Taiwan podendo se somar junto à Guerra da Ucrânia, tornam isso um patamar difícil de atingir. Preliminarmente, até poderíamos supor que o jeito certo seria comer insetos, mas o problema aqui é exatamente a turma proponente disso, a mesma do Great Reset, autodesacreditando a possibilidade por causa de outras pautas que, paradoxalmente, foram exatamente a causa do problema do alimento, como se este fosse um pico procedível de uma queda (ou talvez um platô) de um gráfico de distribuição normal. Além das crises econômicas (predominantemente inflação no mundo e estagflação sistêmica no caso do Brasil), iniciadas por inúmeras causas em variados lugares com uma dimensão global interconectada, ainda é possível correlacionarmos problemas socioculturais como um fator convergente capaz de evoluir para uma situação socioeconômica. Aqui traçamos um paralelo entre bolha imobiliária, baixa oferta no mercado de trabalho e sua expansão aos "seres de luz" disputando suas vagas no lugar de partilharem um emprego por casal (vide Agenda 2030).
A ligação direta de uma coisa com a outra é o que forma o elo que fomenta a teoria conspiratória, e a maneira como a atual disposição dos fatores se inserem dificulta não acreditar nas teorias de que "eles" planejaram tudo, mas ao mesmo tempo demonstra também como nem tudo ainda está no controle "deles", pois não podemos conciliar uma solução secundária para um problema inesperado causado por uma solução primária. Considerando que a agenda feminista tenha sido engendrada em função da redução da natalidade, uma questão na qual a própria motivação de ter sido orientada como solução para um problema cuja razão de assim ser considerado talvez tenha sido a fome, como poderiam com isso resolver o problema do desemprego agravado exatamente pela inflação de demanda no mercado de trabalho conciliado com a automação? Seria a ausência de solução a própria solução para o problema com uma continuidade ambicionada? Ou talvez então só erraram na mão e desde sempre objetivaram uma boa ação motivante de toda a engenharia social?
Não quero dizer com isso que os tecnocratas secularistas (ou globalistas da Nova Ordem, Illuminatis, ou conspiração jubileica-maçônico-liberal-comunista internacional) desde sempre desejaram o nosso bem, pois é por meio da melhor das intenções que as piores soluções podem findar, e isso não faria deles bons nem se eles mesmo se achassem. Procuro é apontar como eles se atrapalharam ao confundir planejamento com controle, sendo isso a razão das diversas inviabilidades das soluções que eles mesmos procuram alavancar. Sobre as intenções, também levaremos em conta a possibilidade da malignidade pura e simples ter sido o objetivo desde o princípio, especialmente com as pautas seculares. Também podemos supor que tudo não passa de um acidente do curso do tempo ocasionado pela tecnologia nas turbulências (inflamadas pelas redes) sociais, automação com a crise do desemprego ou então uma junção entre acidente e tentativa pífia de proveito da situação com lucro capital, explicando as iniciativas empresariais progressistas, políticas públicas afirmativas pró-identitaristas e guerras, causadas pelos interesses dos figurões do aparato do complexo industrial-militar americano mancomunado com o Partido Democrata, o Estado paralelo/profundo (também conhecido como Deep State) e seus lacaios na Europa. No lugar do lucro, podemos então substituir a motivação por razões ocultistas, uma área teórica da conspiração da qual não me entusiasmo em aprofundar por agora.
Pertinentemente ao assunto, a designação que deverei sempre adequar para a ordem vigente da elite dominante é o termo "secularismo internacionalista", simplificando com só uma das palavas ou então referir com "globalistas", jamais aludindo judeus e maçons (na teoria que parcialmente só engloba a vertente teórica antijudaico-maçônica) ou progressistas, comunistas para fins de pragmatismo, pois considero os últimos lacaios dos primeiros e esses por si só não totalmente abrangentes o suficiente, o que é pragmático, evitando problemas quando for preciso aludi-los. Os lacaios como um todo, chamo de "secularistas", pois é igualmente abrangente e preciso, afinal, os principais serventes em números são de linhas ideológicas que se identificam com filosofias pós-modernas, portanto, (atualmente) seculares.
Sobre os lacaios e as diversas formas de instrumentalização, incluindo a deles e a do meio que os envolve, cabe aqui lembrar que até esses são lacaios inconscientes, pois se referem ao establishment por metonímia imprecisa, como é o caso de comunistas que resumem tudo aos capitalistas, o que também nos levará a outra objeção: a ferramentalidade do capitalismo. É aqui que entra os outros lacaios inconscientes que se acham despertos unicamente porque se voltam contra a propaganda (os conservadores) e os instrumento de sua propagação, como os tradicionalistas, opostos ao mercado e a tecnologia. A armadilha que explica até o aparelhamento destes se esconde na própria oposição, como elucidado por um amigo (que já até me excluiu e bloqueou nas redes): o sistema sempre se retroalimentará desse tipo de estímulo, não importa o quanto seja restauracionista e veja o quanto isso (supostamente) seja sozinho capaz de barrar o avanço irrefreável da mudança. Ou seja, o sistema ganha força na medida em que as pessoas não se adaptam às próprias ferramentas que outros usaram para lapidá-lo a seu favor, como a própria tecnologia. Assim sendo, se opor a ela é tolice e desperdício de recursos.
Tomando o transhumanismo como uma possibilidade factível pelas suas manifestações mais negativas, tipicamente envolvendo controle mental, por que não estudar para futuramente adaptar um robô do tipo androide que lute contra os ciborgues da Nova (e futuramente Velha) Ordem? Se o capitalismo é corruptível, considerando que não haja algo mais funcional, por que não corrompê-lo-lo para si? A falta de pragmatismo, que pode até levá-los a discordar e propor uma alternativa ao capitalismo que ainda seja uma forma de economia de mercado que não vire socialismo, mas sem entender que também enxergo isso como capitalismo, foi a arma que os tornou soldados daltônico de uma fileira incapaz de ver a cor do próprio uniforme em razão do tamanho sectarismo.
Nos raros momentos em que o Oriente aparentou ser mancomunado com o Ocidente, considero ter ocorrido um erro geoestratégico por parte (principalmente) dos Estados Unidos. Assim foi com o início dos investimentos estrangeiros por lá após as reformas do Deng Xiaoping (Faison, Seth. 20 de fevereiro de 1997. «DENG XIAOPING IS DEAD AT 92; ARCHITECT OF MODERN CHINA»), pontuadas como sendo uma prova do elo que formaliza uma ponte inquebrável, sinalizando um poder real da política externa ocidental nos assuntos internos chineses. Isso não faz sentido, pois, desde o passado, eles no máximo se toleravam enquanto deixavam o dinheiro falar mais alto.
Independentemente de tolerância ou não, a NOM não é literalmente uma mesa redonda com todos os poderosos sentados e discutindo os rumos das civilizações. Eles fazem isso somente com uma parcela dos figurões mundiais, que são os políticos e donos de fundos monetários do Ocidente (como o Larry Fink, CEO da BlackRock, que possivelmente seja apenas um fantoche), mas nem sempre todo conglomerado, ainda que ocidental, convergirá, pois poderá haver um conflito de interesses pessoais entre os empresários e políticos. É aqui que entra a divergência entre republicanos e democratas nos EUA, com os primeiros sendo menos internacionalistas do que os outros, mantendo apenas as funções vitais aos interesses da nação como um todo, embora ainda imperialistas de certo modo. Os segundos se aproveitam do aparato imperialista para impor o internacionalismo, o que favorece empresas como a do Fink, que – ao que tudo indica – suborna as outras com seus fundos até as zumbificar, tornando-as viciadas. Em troca, elas aceitam que ele avance com a agenda identitária para tornar as nações como um todo fracas e mais suscetíveis ao subjugo conglomeralizado. O marketing também é uma ferramenta poderosa, e é por isso que a propaganda publicitária é tão esquerdizada.
Quando não for possível aplicar uma mudança de dentro para fora, influenciam (e, se possível, financiam) políticos com suas políticas afirmativas. A importante frisar que a ligação entre todas as figuras é uma conveniência pessoal que converge esporadicamente, mas que, quando sintoniza, se torna poderosa. Na política, a divisão entre esquerda e direita é parte desse ecossistema, uma estrutura a parte, e é aqui que compreendemos o papel das redes sociais: promover a polarização. A democracia, por sua vez disso codependente, vira então o gatekeeper ideal da própria polarização. É por isso que os debates presidenciais no Brasil giram em torno dessa palavrinha mágica em vez de defesa nacional, soberania, violência ou reindustrialização.
Uma dúvida que surge disso tudo é a da origem da estrutura de poder. Muitos falam em século 18 ou 19, mas a verdade é que seu início pode ter sido acidental, já que precisamos levar em conta a dinâmica do tecnocapital, que dita que a tecnologia é inevitável, então a dúvida é se a continuidade de tudo isso, da manipularidade do capitalismo na promoção do progressismo, foi ou não acidental, assim como se, por um acidente, eles talvez não perderão todo o controle. Como um evento histórico liga ao outro, até por muitos usarem isso de argumento para justificar uma causa puramente sociohistórica (enquanto se esquecem do "passado do passado" e de como isso não daria sentido apontar um marco), então não perco tempo em falar de iluminismo, Revolução Francesa, etc. Nada disso é tão relevante quanto se pensa (a menos que debruçados numa análise multidisciplinar socioeconômica).
A CIA tentando dissuadir o comunismo financiando degenerados franceses para corromper o comunismo (vide "França: a defecção dos intelectuais de esquerda"), visando atingir a esquerda via a guerra cultural antimarxista, pode ter tido até mais influência em compor a esquerda (e impulsioná-la como um todo) como agora do que qualquer coisa que tenha influenciado Karl Marx, embora este mesmo explique muito bem o desmantelamento da Esquerda cultural também por via das interpretações de si mesmo, como a teoria da Escola de Frankfurt e os escritos de Gramsci. É concernente salientar isso considerando que a (velha) esquerda sindicalista (a "old left", em oposição ao identitarismo, também conhecido como progressismo e lacração) tende a isentar o comunismo do progressismo, mas é tudo intricadamente interligado e, se possível, capaz de causar até mesmo guerras internas.
Diante do quadro, lembremo-nos de que a Fraternidade Cibernética é um exercício puramente especulativo com alguma base em análises factíveis do problema, a solução em si é um problema em si, pois sou um tanto fatalista e vejo isso tudo como hobbie. A solução depende é de um surtado lá dentro agir em nossa causa, sem nada mais vindo da Terra, somente de fora, quando então os alienígenas venham nos ajudar (não falo dos hipotéticos da NOM, e sim os seus rivais). Quase nada dos que se opõem a tal visão é algo digno de consideração enquanto se colocam como /pol/tardos "iluminados" na questão, pois no fundo nem eles sabem o que fazem, mas saberão o que farão: xingar ou achar que marretar computadores é a solução.
Comentários
Postar um comentário